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Preso três vezes, “Beira Mar do Paraná” é solto novamente

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saltodelguairaaldia.com Portal de Noticias de Salto del Guairá

Rotulado como um dos maiores traficantes de drogas do Paraná, chamado pelas polícias Civil e Federal de “Fernandinho Beira Mar” do Estado, Éder de Souza Conde, foi solto nesta segunda-feira (12) à tarde, em liberdade provisória sem fiança. A revogação da prisão temporária foi expedida pela 9ª Vara Criminal de Curitiba.
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Conde foi detido pela terceira vez no dia 20 de agosto pelo Cope (Centro de Operações Policiais Especiais da Polícia Civil), após tentar entrar no condomínio Alphaville, em Curitiba, local onde estava proibido de frequentar por estar sob investigação.

Na Penitenciária Estadual do Piraquara II (PEP II), onde estava preso, Eder Conde ficou no setor de triagem, onde ficam presos provisórios, por até 30 dias isolados, sem contato com outros presos. Para sair da cadeia, ele assinou termo de compromisso assumindo responsabilidade de manter endereço residencial atualizado e se comportar como “homem médio”.

Observado internamente na penitenciária como preso “faccionado” (membro de facção criminosa), Conde também era visto por agentes como detento “exemplar”: “trabalhava e não dava trabalho”. Quando saiu da prisão, vários advogados estavam esperando por ele.
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Prisão

A prisão foi por tentativa de entrar em um condomínio sem autorização da Justiça. Uma das casas do condomínio de luxo pertencia ao criminoso, mas foi retida pela Justiça e repassada à União, por considerar que a residência havia sido comprada com dinheiro proveniente do tráfico – a decisão judicial é de junho de 2011, quando Éder foi condenado em primeira instância a 22 anos e 3 meses de prisão pelo crime de tráfico de drogas.

Ao ser preso em agosto último – porque havia contra ele um mandado de prisão em aberto – o traficante utilizava um Audi A6 blindado e estava com R$ 34 mil em espécie. Segundo o delegado Rodrigo Brown, a suspeita é de que a quantia corresponda a movimentação de apenas um dia de venda de drogas na região da Cidade Industrial de Curitiba.

“No momento da prisão nós acabamos localizando esse dinheiro escondido em um veículo Audi, num compartimento no banco de trás, com 34 mil reais. Há grande possibilidade que esse valor seja fruto do movimento do dia do tráfico na região”, afirma.

Segundo a polícia, ele mentiu aos seguranças do condomínio alegando que havia recuperado a casa e que um chaveiro chegaria ao local para trocar as fechaduras. Toda a movimentação foi registrada por câmeras de segurança. Em julho deste ano, um rival de Éder Conde, Diandro Melanski, foi assassinado em plena luz do dia, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Suspeito de ter ordenado a emboscada e o assassinato, Éder nega as acusações. “Ele alega que não. Mas é certo que ele tem interesse comércio de drogas na região. Na época do crime, ele mesmo se apresentou para dizer que não tinha relação com o crime”, acusa o delegado.

Polícia Federal

Éder Conde foi preso pela Polícia Federal, em maio de 2010, apontado como o “Fernandinho Beira-Mar do Paraná”. Em abril de 2015, voltou para a prisão por uma ação do Gaeco, do Ministério Público. Isso porque ele utilizava policiais como seguranças particulares. Os promotores encontraram, com ele, duas pistolas, uma submetralhadora e um colete à prova de balas.

Ele foi apontado na época como o maior distribuidor de cocaína dentro do Paraná. Na primeira vez, a Polícia Federal (PF) prendeu Conde e mais dez pessoas acusadas de integrarem um esquema de venda de cocaína com um lucro anual de R$ 6 milhões na capital. A ação foi batizada de Operação Ressaca, já que Éder, considerado líder da quadrilha, era frequentador de festas e casas noturnas da cidade. Ele foi preso na saída de uma casa noturna.

Segundo a PF, a quadrilha movimentava cerca de 100 quilos da droga a cada três meses. Entre os presos estavam familiares de Éder, a namorada dele, Suzimara de Lima Steff (segundo lugar no concurso de Miss Curitiba 2010), e mais fornecedores de droga, detidos em Ponta Porã (MS).

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Eder Conde.

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