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Estudo garante que rentabilidade do sojicultor está próxima a zero

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saltodelguairaaldia.com Portal de Noticias de Salto del Guairá

Pesquisador do Cepea afirma que situação deve servir de alerta ao país, já que novos investimentos podem ficar comprometidos
Carol Guedes, de Saltinho (SP)
A rentabilidade dos sojicultores dos quatro principais estados produtores do país, Paraná, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Goiás está próxima de zero. É o que aponta um estudo realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Há dez anos um grupo de pesquisadores do Cepea monitoram a rentabilidade do produtor rural em algumas atividades. A soja tem sido destaque negativo puxado justamente pelo aumento dos custos de produção. Apesar da supersafra esperada, algo em torno de 107 milhões de toneladas, foi identificado que o preço pago ao produtor caiu, e a receita liquida total está próxima de zero.
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Segundo o pesquisador da entidade, Mauro Osaki , além de considerar o custo total econômico, o estudo também incluiu os gastos variáveis, como a depreciação, juros sobre o capital e o custo sobre a propriedade da terra. “Com isso quando adicionamos estes indicadores, essa safra 2016/2017 mostra que muitas fazendas acabam tendo rentabilidade negativa. Quer dizer, o que geram de receita não é suficiente para pagar todos os investimentos e o custo do capital investido”, explica ele.
Entre os fatores que contribuíram para esta queda de rentabilidade, o aumento no uso de defensivos é o que mais se destaca, já que, normalmente, é o primeiro produto a ser comprado para a safra. Para se ter uma ideia, em Mato Grosso, o custo com o insumo saltou pelo menos 20% a cada ano.
Se considerar a alta acumulada neste período, o valor gasto com o insumo saltou de R$ 397 mil por hectare na safra 2012/2013 para pouco mais de R$ 990 mil em 2016/2017, elevação de 151%, ou seja, quase o triplo do valor inicial. Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária. “O preço dos defensivos vem aumentando nas ultimas cinco safras. No ano passado, parte desta alta foi em função do cambio elevado. Outra razão é o uso maior de produtos seletivos, específicos para determinadas pragas, por exemplo, mosca branca que tem sido um dos problemas de regiões como Mato Grosso e Goiás”, diz Osaki.
Diante desta constatação o pesquisador destaca que a situação deve servir de alerta ao país, já que novos investimentos podem ficar comprometidos. “O produtor foi compensado nessas últimas duas safras, principalmente em relação a taxa de câmbio que deu essa falsa impressão de que a rentabilidade estava positiva, mas agora começa a entrar um pouco mais dentro da realidade”, garante ele.
Na propriedade do agricultor Ocimar Paparotti, em Saltinho (SP) os custos já preocupam bastante. O produtor colheu 65 sacas por hectare nessa safra, número excelente, ele diz. Mas, com o custo de R$ 1,5 mil por hectare e o preço do grão em queda a coisa pode apertar. No ano passado, a saca era vendida por R$ 77 e agora o valor não passa de R$ 63. “O valor do bushel até subiu um pouquinho, mas o dólar caiu. A produção aumentou, mas o preço ficou e aumentaram os custos, então nosso lucro foi embora”, contabiliza Paparotti.
Para tentar reduzir os custos a maneira encontrada foi diminuir a equipe de trabalho, colocando toda a família para a ajudar nos 200 hectares da fazenda. “Uma parte foi o óleo diesel que está bem caro, depois vem a semente, seguida pelos arrendamentos. Está tudo caro”, finaliza.
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