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SE, AL e BA; seria essa a nova fronteira agrícola para a soja?

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Estudo da Embrapa identifica uma nova área com potencial para a produção da oleaginosa, que tem potencial de produtividade de 80 sacas por hectare. Entenda as vantagens e dificuldades a serem enfrentadas pelos desbravadores
Daniel Popov, de São Paulo
Uma nova fronteira agrícola nada mais é do que uma área pouco explorada para determinada cultura, mas com aptidão para produzi-la. Este é o caso da microrregião conhecida como Sealba, que engloba parte de Alagoas, Sergipe e Bahia. A partir de estudos da Embrapa Tabuleiros Costeiros esta região foi identificada com um significativo potencial para a produção da principal commodity brasileira, a soja. Nos quatro anos do levantamento, a produtividade potencial da região chegou a 80 sacas por hectare.
Foram quatro anos de pesquisa na região para tentar entender se a região tinha ou não potencial para a produção da soja. Os aspectos principais para isso era o volume de chuvas, e as propriedades do solo. Após o estudo, notou-se que da segunda quinzena de abril até setembro, o volume de precipitações superava a casa dos 450 milímetros acumulados, suficientes para atender a cultura. “Avaliamos 30 anos de dados climáticos, para saber como o clima variava na região. Notamos que há grande potencial, pois os volumes de chuvas são muito bons, neste período”, diz Sérgio de Oliveira Procópio, um dos pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros, responsável pelo estudo.
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Além do clima, o solo e os relevos de terreno também foram analisados. Em sua grande maioria o solo encontrado é argiloso, ideal para semeadura da oleaginosa. Diante desta informação foi decidido, por exemplo, qual era o limite desta nova fronteira, por isso definiu-se alguns municípios entre os três estados, conforme figura abaixo.
Apresentação do PowerPoint
Nas quatro safras de estudo tanto os ensaios de pesquisa, como as unidades demonstrativas e, nestes dois últimos anos, algumas áreas de produtores que já iniciaram a produção de soja, as produtividades foram elevadas. “Nos anos de melhor clima, com bons volumes de chuvas as produtividades foram muito boas, acima de 80 sacas por hectare”, reiterou Procópio.
Época de plantio e colheita diferenciada em relação às demais regiões produtoras de soja
A região do SEALBA apresenta seu principal período chuvoso no outono-inverno, enquanto as demais regiões produtoras de soja do Brasil têm seu período chuvoso na primavera-verão. Isso resulta em benefícios fundamentais, como:
1 – colheita em época diferenciada do restante do Brasil (possibilidade de obtenção de melhores preços);
2 – possibilidade de aquisição de sementes de melhor qualidade fisiológica (sementes colhidas na região Centro-Sul e Matopiba em março e abril, quando o plantio no Sealba é de abril a junho);
3 – oportunidade de terceirização de máquinas agrícolas provenientes do Centro-Sul e Matopiba (desencontro das operações agrícolas entre essas regiões e o Sealba);
4 – desenvolvimento da soja em temperaturas mais favoráveis (como o cultivo é realizado no outono/inverno, a temperaturas, principalmente a noturna, são mais favoráveis às necessidades da planta);
5 – oportunidade do Sealba se tornar uma região produtora de sementes de soja de alta qualidade, voltada ao abastecimento de regiões como o Norte do Mato Grosso, o Pará e o Matopiba (as sementes são colhidas entre agosto e outubro, se encaixando perfeitamente nas necessidades dessas regiões, onde o plantio de soja ocorre entre outubro e o início de dezembro);
6 – maior teor de proteína nos grãos de soja (estudos iniciais apontam teores de proteína chegando a 41% nos grãos da soja produzida no agreste sergipano – isto resulta em uma maior qualidade do farelo produzido a partir da soja produzida na região).

Vantagens
Proximidade com terminais portuários
A localização estratégica desse recorte territorial, próxima a terminais portuários nos três estados, garante uma redução no custo de frete para a entrega da soja voltada à exportação.
Proximidade com produtores de proteína
A região fica próxima a importantes polos de produção leiteira do Nordeste, e de regiões avícolas, que geram uma grande demanda por farelo de soja, fonte de proteína para a alimentação animal. O incremento da produção do grão na região ajudaria a suprir essa demanda com redução significativa de custos.
Proximidade das usinas produtoras de biodiesel
A soja é a principal fonte oleaginosa para a produção nacional de biodiesel, e a região tem potencial para fornecer o grão para unidades de processamento de todo o Nordeste, principalmente a usina localizada no município de Candeias-BA.
Experiência dos produtores sergipanos com milho
Experientes produtores de milho do Agreste Sergipano, uma das regiões de mais alta produtividade do país, possuem alto potencial para o aprendizado e a assimilação das práticas culturais utilizadas na produção de soja.
Oportunidade para a diversificação de cultivos
A soja pode ser introduzida e consolidada na região como uma grande alternativa para a diversificação de culturas, rotação de culturas (como o milho) aumentando a sustentabilidade ambiental, maior conservação de solo, recursos naturais e biodiversidade.
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Desafios
É importante frisar que para o estabelecimento da cultura da soja na região alguns desafios foram identificados. Entre eles:
1 – a existência de poucas unidades de armazenamento e secagem de grãos (Umidade do grão para comercialização é de no máximo 14%);
2 – poucas cooperativas de produtores rurais;
3 – limitação de políticas agrícolas para o chamado “Nordeste Úmido”, onde está localizada a maior parte do SEALBA (a grande maioria das políticas agrícolas do Nordeste está voltada para a região semiárida, com foco na convivência com a seca);
4 – capacitação da assistência técnica agropecuária;
5 – revendas agropecuárias locais com falta de estoque e tradição com insumos direcionados à cultura da soja;
6 – inexistência de inoculantes com validade compatível com a época de plantio de soja no SEALBA;
7 – predomínio do preparo convencional do solo nas áreas de produção de grãos (conservação da água no solo);
8 – presença de camada adensada de solo (coeso) nos argissolos dos Tabuleiros Costeiros (risco de encharcamento, nocivo ao desenvolvimento da planta);
9 – residual de herbicidas no solo em áreas de reforma de cana-de-açúcar, podendo causar prejuízos para a soja cultivada em sucessão;
10 – e variabilidade pluviométrica entre os anos.
Atualmente a região conta com 15 produtores de soja, sendo que de Alagoas eles migraram da cana-de-açúcar, e da Bahia e Sergipe do milho. “Os produtores de milho estão começando a aprender como esta diversificação ajuda no aumento da rentabilidade e redução da dependência de uma só cultura, minimizando os riscos”, conta Procópio.
Para o pesquisador, a produção de soja destas regiões devem aumentar pelo menos 50%. “O que temos visto são produtores de outras regiões, como Matopiba, interessados em fazer uma segunda safra, porque terminam a safra em março e poderiam ir para a região, em maio, e fazer uma segunda safra, ou produzir sementes para as áreas principais do Matopiba”, finaliza Procópio.
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