Internacionales
Dólar sobe mais de 1%, com aposta em alta de juros dos EUA
Dólar: o dólar avançou 1,25%, a 3,2719 reais na venda, após chegar a 3,2787 reais na máxima da sessão
Bruno Federowski, da REUTERS
São Paulo – O dólar teve uma sessão de forte volatilidade e terminou com alta de mais de 1 por cento frente ao real nesta sexta-feira, após declarações do vice do Federal Reserve, Stanley Fischer, recolocarem sobre a mesa a possibilidade de o banco central norte-americano elevar os juros em setembro.
Os comentários de Fischer ofuscaram o discurso da chair do Fed, Janet Yellen, que evitou sinalizar um aumento iminente na taxa e chegou a levar a moeda norte-americana a cair mais de 1 por cento nesta sessão.
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O dólar avançou 1,25 por cento, a 3,2719 reais na venda, após chegar a 3,2787 reais na máxima da sessão e 3,1898 reais na mínima. Na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 2,02 por cento frente ao real.
O dólar futuro subia por volta de 1 por cento no fim da tarde.
«Parece que o Fischer veio a público corrigir a interpretação do mercado sobre a Yellen», resumiu o operador de um banco internacional.
Ele referia-se ao vice-chair do banco central norte-americano, Stanley Fischer, que afirmou que as declarações dadas mais cedo pela chair do Fed, Janet Yellen, eram «consistentes» com a possibilidade de aumento de juros em setembro.
Mesmo assim, ele acrescentou, é preciso esperar mais dados econômicos.
As declarações levaram o dólar a abandonar as perdas vistas pela manhã, quando investidores interpretaram que Yellen havia dado sinais de que os juros não subiriam tão cedo na maior economia do mundo. O Fed se reúne, neste ano, em setembro, novembro e dezembro.
Após os comentários de Fischer, os juros futuros norte-americanos passaram a indicar chance de 30 por cento de aumento de juros em setembro, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME Group.
Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos aplicados em mercados emergentes, como o Brasil.
«A mensagem de que os juros podem subir neste ano não é nova, já vinha das últimas semanas. O que é novo é que, pelo jeito, Yellen está mais próxima daqueles que querem um aumento no fim do ano do que daqueles que querem um aumento agora», havia afirmado mais cedo o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.
No cenário local, investidores seguiram atentos ao julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
Espera-se que o Senado confirme o afastamento em voto final na madrugada de quarta-feira.
Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares.
Texto atualizado às 17h19
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